quinta-feira, 31 de março de 2011

QUARESMA

“JESUS CRISTO PADECEU SOBRE PÔNCIO PILATOS FOI CRUCIFICADO MORTO E SEPULTADO”

Meus irmãos, desde o inicio do ministério publico de Jesus, fariseus e adeptos de Herodes, com o Sacerdotes e Escribas, mancomunaram para matá-lo. Os atos praticados por ele (expulsão de demônios, perdão dos pecados, curas em dias de sábados, interpretação original do preceito de pureza da lei, familiaridade com os publicanos e pecadores) tudo isso fez com que Jesus o Cristo de Deus, parecesse suspeito aos olhos daqueles que se autodenominavam os donos da Lei, da Religião, da Justiça e atribuíam a Ele possessão demoníaca a melhor e mais forte maneira de desacreditá-lo. Para condená-lo, chamaram-no de blasfemo e falso profeta, crimes que a Lei punia com morte sobre a forma de apedrejamento, parecia aos olhos de muitos que Jesus agia contra as instituições essenciais do judaísmo:

- A submissão à Lei na integralidade de seus escritos e para os fariseus na interpretação da tradição oral;

- A centralidade do templo de Jerusalém como lugar Santo em que Deus habita de forma privilegiada;

- A Fé no Deus único cuja glória nenhum ser pode compartilhar.

Apresentar-se como o cumpridor da Lei, o Messias, portanto o Maior no Reino do Céu, faz com que àqueles que se consideravam privilegiadamente representantes de Deus, se coloquem em franca oposição ao Nazareno, a ninguém era dado transgredir a nenhum dos preceitos legais estabelecidos pela Lei, pela Tradição Oral e pelo templo.

O cumprimento perfeito da Lei, só poderia ser do LEGISLADOR DIVINO, nascido sujeito a Lei, na pessoa do Filho de Deus em Jesus o Cristo, a Lei não é mais gravada em tabuas de pedra mas no fundo do coração, neste ponto Jesus cumpriu a Lei até tomar sobre si, a maldição da Lei.

Embora aparecesse aos olhos dos fariseus e dos judeus, dos chefes espirituais e da corte herodiana, como um “rabi”, seu ensinamento foi sempre questionado, este tempo da quaresma que ora celebramos é um tempo propicio a refletir-se sobre estes acontecimentos, e a analise for isenta encontraremos em Jesus perfeita reverência pelas instituições desde o Templo até as Leis, desde os costumes até as mais simples praticas religiosas, Na sua caminhada evangélica, Jesus ministrou a doutrina do amor primeiramente a Deus e depois ao próximo. No amor a Deus e no amor ao próximo estava o mais estrito cumprimento da Lei do Sinai, a sua subida ao Templo reverência o costume religioso e portanto a sua reverência pela fé dos Judeus, a eleição do homem entretanto como autentico templo de Deus é que o torna um blasfemo diante daqueles que interpretavam a Lei “ipsis líteris”.

Voltaremos a falar sobre o Drama da Paixão com a morte de Jesus na cruz do calvário, ressaltando entretanto que é importante neste tempo refletirmos, jejuarmos e orarmos para não cairmos na tentação de apenas transformamos a Semana Santa e a Páscoa num feito meramente histórico.

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