terça-feira, 27 de julho de 2010

A Educação

Um dia desses lemos em um adesivo colado no vidro traseiro de um veículo a seguinte advertência: “Minha educação depende da tua”!

Ficamos a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa dessa forma. Ora, se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto à quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos.

Ademais, se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seriamos apenas o resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fossemos um espelho.

A educação é a arte de formar caracteres, e, por conseguinte, é o conjunto de hábitos adquiridos. Assim sendo, como fica a nossa educação se refletir tão somente o comportamento dos outros como uma reação apenas?

O verdadeiro caráter é forjado na luta por dominar as más tendências, por não revidar a uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.

Um amigo tinha o costume de dizer: “bateu, levou”. Um dia perguntamos as ele admirava os mal-educados que tanto criticava. Imediatamente ele se posicionou em contrário: - é claro que eu não aprovo pessoas mal-educadas. Então questionamos outra vez: Se não os admira, por que você os imita:

Ele ficou um tanto confuso, pensou um pouco e respondeu: - É, de fato deveríamos imitar somente o que achamos bonito.

Dessa forma, a nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos ainda da falta de educação dos outros.

Todos os ensinamentos do Cristo, a quem a maioria de nós diz seguir, recomendam apresentar a outra face. Imaginemos se Jesus tivesse ensinado: “se alguém te bater numa face, esmurra-lhe a outra”, ou então, “faça aos outros tudo aquilo que não deseja que te façam”. Nós certamente não O aceitaríamos como um modelo a ser seguido.

Assim sendo, lutemos por nos educar segundo os preceitos do Mestre de Nazaré, que diante dos momentos mais dolorosos da Sua vida manteve a calma e tolerou com grandeza todas as agressões sofridas.

Não nos espelhemos nos que não são modelos nem de se mesmos. Construamos o nosso caráter com os exemplos nobres.

Quando tivermos que prestar contas às leis que regem a vida, não encontraremos desculpas para a nossa falta de educação, nem poderemos jogar a culpa nos outros, já que Deus nunca deixou a Terra sem bons exemplos de educação e dignidade.

Não adotemos os costumes comuns que nada tem de normais. O normal é cada um buscar a melhoria íntima com os recursos internos e externos que Deus oferece.

As rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, abrem-se para oferecer ao mundo o seu inconfundível perfume.

O sândalo, por ser uma árvore nobre, deixa suave fragrância impregnada no machado de lhe dilacera as fibras.

Assim, nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados.


Equipe do site www.momento.com.br

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