sexta-feira, 1 de março de 2013

RENUNCIA DO PAPA



Breve reflexão sobre a renuncia do Papa Bento XVI  e outras considerações...
Amados irmãos, 
                            As vésperas do dia histórico da renuncia do Bispo de Roma- Chefe da Igreja Católica Apostólica Romana e Líder do Catolicismo Ocidental não podia omitir-me de fazer algumas considerações sobre esse homem que tanto fez em sua vida, para realizar o ideal de servir ao Senhor. Joseph Ratzinger, natural da Baviera, Católico de berço, alcança o sacerdócio em 1951, iniciando aí uma carreira sacerdotal da qual nunca se afastou, nem mesmo quando galgou os mais altos postos da Igreja. Voltado ao estudo da ciência da Deus, distinguindo-se pela profundidade com  que dedicou-se principalmente ao estudo de Santo Agostinho, destacando-se em seu País, juntamente com outros teólogos e filósofos por posições avançadas para época  na escola de teologia da Alemanha, onde tornou-se um dos grandes luminares. Atuou exaustivamente no Concilio Vaticano II, propondo reformas e visando preservar a fé.
        Olhando-se a historia da Igreja, ao longo desses dois mil anos, somente sete Papas renunciaram, a saber: Martinho I(649-655), Bento IV(900-903),João XVIII(1003-1009),Silvestre III(1045),Bento IX(1047-1048) Celestino V(12940), Gregório XII(1406-1415).
         Cada renuncia deixou uma fissura na Igreja e na história do cristianismo. O que, entretanto nos assusta nesse episódio da renuncia de Bento XVI é o fato de ela ter sido motivada por roubo, chantagem e sexo, uma trindade maligna descoberta por uma investigação encomendada pelo próprio Papa, e que determinou sua renuncia tendo como finalidade salvar a Igreja.
          Eleito para um pontificado de moralização encontrou no seu braço direito o outro Judas”Aquele que Comigo mete a mão no prato”. Bento XVI que lutou pela defesa da mais pura Ortodoxia Cristã, vê-se de repente  prisioneiro de uma máfia onde imperava a,chantagem,roubo e o deslavado abandono da fé que a Igreja devia professar. Mártir do seu ideal e do seu pontificado, Bento XVI  de posições avançadas e ao mesmo tempo conservadoras, com seu ideal Agostiniano, não conseguiu vivenciar em Roma a cidade de Deus.
        A perplexidade do mundo frente a renuncia do Papa prende-se ao fato de que mesmo sem fé, o mundo ainda contempla a Igreja como o grande referencial que milenarmente tem suportado as adversidades causadas a humanidade pelas buscas do homem de encontrar seu destino mediante formulas imaginadas, sem, contudo levar em conta o lado espiritual da vida, parte relegada pelo relativismo que tanto mal tem causado ao ser humano,o qual sem fé, sem esperança e sem amor perdeu-se de si mesmo. 
        Precisamos, pois refletir sobre a passagem do Papa Bento XVI, como um sopro renovador que chama a Igreja de Cristo para o seu verdadeiro lugar no cenário do mundo. Nós como portadores da mesma sucessão devemos levar em conta que Bento XVI renunciou ao comando da Igreja para que  ela não corra o risco de renunciar a si mesma  e à  herança que nos torna filhos de Deus, porque filhos do Homem.
                     Que Deus nos ilumine a todos
                                                                    Dom Augusto

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