Breve
reflexão sobre a renuncia do Papa Bento XVI
e outras considerações...
Amados
irmãos,
As vésperas do dia
histórico da renuncia do Bispo de Roma- Chefe da Igreja Católica Apostólica
Romana e Líder do Catolicismo Ocidental não podia omitir-me de fazer algumas
considerações sobre esse homem que tanto fez em sua vida, para realizar o ideal
de servir ao Senhor. Joseph Ratzinger, natural da Baviera, Católico de berço,
alcança o sacerdócio em 1951, iniciando aí uma carreira sacerdotal da qual
nunca se afastou, nem mesmo quando galgou os mais altos postos da Igreja.
Voltado ao estudo da ciência da Deus, distinguindo-se pela profundidade com que dedicou-se principalmente ao estudo de
Santo Agostinho, destacando-se em seu País, juntamente com outros teólogos e
filósofos por posições avançadas para época
na escola de teologia da Alemanha, onde tornou-se um dos grandes
luminares. Atuou exaustivamente no Concilio Vaticano II, propondo reformas e
visando preservar a fé.
Olhando-se a historia da Igreja, ao longo
desses dois mil anos, somente sete Papas renunciaram, a saber: Martinho
I(649-655), Bento IV(900-903),João XVIII(1003-1009),Silvestre III(1045),Bento
IX(1047-1048) Celestino V(12940), Gregório XII(1406-1415).
Cada renuncia deixou uma fissura na
Igreja e na história do cristianismo. O que, entretanto nos assusta nesse
episódio da renuncia de Bento XVI é o fato de ela ter sido motivada por roubo,
chantagem e sexo, uma trindade maligna descoberta por uma investigação
encomendada pelo próprio Papa, e que determinou sua renuncia tendo como
finalidade salvar a Igreja.
Eleito para um pontificado de
moralização encontrou no seu braço direito o outro Judas”Aquele que Comigo mete
a mão no prato”. Bento XVI que lutou pela defesa da mais pura Ortodoxia Cristã,
vê-se de repente prisioneiro de uma
máfia onde imperava a,chantagem,roubo e o deslavado abandono da fé que a Igreja
devia professar. Mártir do seu ideal e do seu pontificado, Bento XVI de posições avançadas e ao mesmo tempo
conservadoras, com seu ideal Agostiniano, não conseguiu vivenciar em Roma a
cidade de Deus.
A perplexidade do mundo frente a
renuncia do Papa prende-se ao fato de que mesmo sem fé, o mundo ainda contempla
a Igreja como o grande referencial que milenarmente tem suportado as
adversidades causadas a humanidade pelas buscas do homem de encontrar seu
destino mediante formulas imaginadas, sem, contudo levar em conta o lado
espiritual da vida, parte relegada pelo relativismo que tanto mal tem causado
ao ser humano,o qual sem fé, sem esperança e sem amor perdeu-se de si mesmo.
Precisamos, pois refletir sobre a
passagem do Papa Bento XVI, como um sopro renovador que chama a Igreja de
Cristo para o seu verdadeiro lugar no cenário do mundo. Nós como portadores da
mesma sucessão devemos levar em conta que Bento XVI renunciou ao comando da
Igreja para que ela não corra o risco de
renunciar a si mesma e à herança que nos torna filhos de Deus, porque
filhos do Homem.
Que Deus nos ilumine a
todos
Dom Augusto
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